Pamela

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toda ajeitadinha no photoshop..huahauhua

segunda-feira, 29 de março de 2010

Mea Culpa - Doca Street (agora sim, terminei!!)

Bom gente, na real faz uns 5 dias que eu já terminei de ler o Mea Culpa...



E, de verdade, estou um pouco chateada porque ainda não tive tempo de fazer minha resenha sobre o livro e por consequencia, não pude começar a ler outro livro... Aaaahh...







Agora falemos de Doca Street...



Quando eu vi esse livro na livraria, confesso que não fazia vaga idéia de quem pudesse ser Doca Street, afinal, tenho 27 anos, e a data em que se passa essa história, eu nem era um plano da minha mãe, que tinha apenas 16 anos... Li sem nenhuma pretenção, sem nenhum julgamento e, a princípio, como um romance qualquer, como tantos outros que sempre li...

Daí eu começo a ler a contra capa e já me deparo com uma história verídica!! Legal!!! (adoro histórias veridicas, biografias e afins!!)



Doca Street



Há momentos do livro em que tive impetos de eu mesma esganá-lo, mas em contra partida, tive vontade de abraçar e quem sabe até ajudar esse pobre homem...

No livro, ele relata em detalhes como fora sua vida, desde seu casamento feliz, com sua primeira esposa, passando pela loucura - Angela Diniz - e principalmente, pela sua estadia carcerária, que; no meu simplório ponto de vista, foi o ponto de partida do livro (dizer o quanto ele sofreu na prisão e que pagou pelo que devia).





Ângela Diniz


Em tempos tão mais conservadores (decada de 1970), encontramos uma classe social muito bem abastarda e livre, de preconceitos e pudores, que vive a vida como bem entende. E em meio a muita droga, e um ciume doentio, Doca coloca tudo a perder... sua vida, sua família, a sua liberdade e; principalmente, a vida de sua amada Angela Diniz...
Era liberta e libertária!! Mulher que, nos dias atuais, seria considerada apenas mais um
peixinho em meio a esse oceano todo de liberdade em que se tornou o século 21... Era extremamente debochada, e não acreditava que de fato poderia se apaixonar a ponto de abrir mão de si mesma e de seus ideais...

Na verdade eu ainda oscilo entre a raiva que sinto de uma pessoa ser tão
passional a esse ponto, a ponto de tirar a vida de quem afirma amar...
E pondero também um acesso de raiva, um ciume cruel que o Doca sentia o tempo todo por Angela, visto que a mesma era tão "livre, moderna e liberal"...

Doca Street (aparentemente) amou na vida apenas uma unica mulher - Angela Diniz.
E no livro diz depois que se casou com Marilena, e que aí sim encontrou o verdadeiro amor...
(claro, até porque quem mata a alguem que ama, no mínimo é porque não a ama de fato... certo??)

Senti pena de verdade da família da Angela, dos filhos.. de quem ficou...
E fiquei muito brava mais uma vez com o sistema carcerário brasileiro, que nada faz alem de "formar e graduar" pessoas no crime.
Concordei e ri com Doca por diversas vezes no livro, e também senti muita raiva dele. Muita mesmo.
Digo que concordei e ri na leitura dos momentos dele na prisão, onde ele teve que ser safo e inteligente para sobreviver... Tive raiva porque ele matou, tirou a vida de alguem, assim... sem maiores explicações... por "amor"... (faça me o favor!!)

O livro é muito bom, gostei sim...
Com uma linguagem dinâmica, prende a atenção do leitor desde a contra capa!!!
Indicado também aos aspirantes a advocacia criminal!!!

Gostaria de ter postado mais fotos do assunto, mas hoje está complicadinho... :)
Daqui mais ou menos uma semana eu volto, com outra resenha de outro livro!!!
Mas antes continuaremos com o lado mau de cada signo!!!

Um beijo grande, um sorriso...

6 comentários:

  1. Olha, a unica coisa que tenho a lhe dizer, é que jamais entenderei porque alguém sentiria vontade de abraçar um homem desses. Ele é cruel, matou a mãe de quatro filhos, quatro crianças que tiveram uma vida muito mais difícil do que você pode imaginar. Essas crianças não puderam nem mesmo ver a mãe no enterro, porque o coitadinho que "sofreu" na prisão deu dois tiros no rosto da mãe delas. Após a morte de Angela eles perderam o pai apenas quatro anos depois, e um dos irmaos. Outro irmao sofreu um acidente e ficou debilitado mentalmente e fisicamente. Esse homem nem ao menos cumpriu toda a sua pena, e até hoje as pessoas, antiquadas e perversas, julgam o caráter de Angela, e nao o assassinato de uma mulher. Esse homem nao deve inspirar nenhum tipo de compaixão se você compreender a magnitude de sua maldade, de seu egoismo. Não titubeie ao ter raiva dele, ele merece e inspira esse tipo de sentimento.
    Eu digo isso porque convivo com a filha de Angela, e a amo como se fosse minha mãe. Os netos de Angela são como meus irmãos e sei como eles sofrem ao conviver com o preconceito das pessoas em relação a uma avó que eles nao tiveram o prazer de conhecer.

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    1. SUPERCONCORDO. Absurdo ler isso, escrito POR UMA MULHER. Só de baseou no ponto de vista dele. "Ohh dó, matou por amor e já pagou os pecados" Ahhh, faça me o favor. Texto ridículo, usando de eufemismo.

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  2. Caro CR, entendo totalmente o que disse e concordo, acredite.
    Mas quero que entenda que, ao fazer essas "considerações" ao livro, não conheço e nem julgo, ou Angela, ou Doca. Não consigo mensurar a dor que ele tenha causado à família da Angela, e também falo sobre isso no artigo. Espero que tenha sido feita justiça real à família da Angela, e ao crime de Doca. E aceite minhas sinceras desculpas se o artigo te ofende de alguma forma, mas não posso ser parcial, apenas relato uma história do jeito que ela foi pra mim!
    Cordialmente,

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  3. Sou homem, e achei injusto o pouco tempo que esse cara permaneceu encarcerado - esse lance de matou por amor não cola,não cola mesmo porque quem ama não mata, é evidente. Um assassino do naipe dele deveria ficar pelo menos uns 20 anos preso, do primeiro ao último dia da pena, pra que a vida dele também fosse, de uma maneira prevista na lei, estragada como ele fez com a dela. Mas se formos começar a debater o porquê de penas baixíssimas pra crimes sérios no país, teremos que falar numa raça igualmente abominável - a dos políticos, que mantem esse sistema de penas brandas para que eles próprios não sejam atingidos pela mão pesada da Justiça ao cometerem seus crimes financeiros. Tive a sorte de conseguir achar, a preço de banana num sebo aqui em Curitiba, quatro VEJAs da época que falam muito sobre o crime e só não concordei com uma coisa:chamarem o cara o tempo todo de gigolô, fato que ele desmente no livro, que tenho e li inteirinho em cinco dias. A Globo acabou até tomando processo dele por ter chamado o cara de gigolô no Linha Direta sobre o caso e teve que indenizá-lo.

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  4. Você disse - "Era liberta e libertária!! Mulher que, nos dias atuais, seria considerada apenas mais um
    peixinho em meio a esse oceano todo de liberdade em que se tornou o século 21", (realmente não sabe nada dos anos 70).

    Então, hoje ela seria mais um peixinho entre as tantas mulheres modernas como ela foi?

    Vamos lá, a moça teve ficha criminal de sequestro (da filha mas esse deixa quieto), foi presa com maconha, antes disso assumiu um assassinato do caseiro dela, feito pelo ex namorado Tuca Mendes; e você vem falar que hoje ela seria um peixinho, você é mulher, não jogue a reputação das mulheres na lama (e não estou justificando o que o Doca fez).

    Ela andava no fio da navalha, deu azar de achar um caipira, pena, triste, mas não me venha falar que que ela seria um peixinho diante das moderna de hoje.

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  5. primeiro quem desgraçou a familia foi ela,não pensou nos filhos.a mae dela queria o melhor pra ela,mau sabendo que dentro da filha tinha uma alma bandida,foi farinha do mesmo saco com esses companheiros com quem viveu, o unico digno foi o pai de seus filhos,e teve o azar de cruzar com alguem mais canalha que ela!!,vivi a época e sei o quanto vi o nome dessa criatura nos escanda-los nos jornais,nao me surprendeu o final!!!com certeza!!

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